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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta terça-feira (3) a necessidade de acelerar a regulamentação das redes sociais no Brasil, ressaltando que o processo deve ser feito de forma democrática e com a participação da sociedade. A declaração foi dada em entrevista coletiva no Palácio do Planalto.
Lula afirmou que recebeu uma carta do presidente chinês Xi Jinping, que pretende enviar um emissário ao Brasil para debater o tema. Segundo ele, o encontro será conduzido pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira.
“Queremos apressar a regulamentação da forma mais democrática possível, ouvindo a sociedade brasileira”, afirmou Lula. O presidente voltou a criticar o uso das redes para disseminação de desinformação: “Não é possível que as redes sociais continuem sendo um banco de mentiras, sem nenhum tipo de responsabilização”.
A menção à China gerou reações de parlamentares da oposição, que veem o envolvimento chinês como um risco à liberdade de expressão, devido ao forte controle estatal que o país asiático exerce sobre a internet. Durante a visita de Lula a Pequim, a primeira-dama Janja teria criticado o algoritmo do TikTok, afirmando que favorece a direita — comentário que repercutiu negativamente e se tornou o principal episódio político da viagem.
Lula minimizou a polêmica, dizendo que a iniciativa de discutir o tema com a China partiu dele, e que Janja apenas comentou o assunto. Ele também criticou o vazamento da conversa por membros da delegação brasileira.
Apesar das declarações do presidente, o chanceler Mauro Vieira negou, durante audiência no Senado, que tenha havido qualquer convite formal para que uma autoridade chinesa venha ao Brasil tratar da regulação das redes.
Ao justificar a proposta, Lula citou os ataques de 8 de janeiro de 2023, dizendo que não se pode confundir crime com liberdade de expressão. “Um cidadão tenta dar um golpe e diz que é liberdade de expressão. Isso não pode continuar.”
Postado 04/06/2025