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A inflação começou a desacelerar para as famílias de menor renda no Brasil, impulsionada pela queda no preço de alimentos, enquanto avançou entre os mais ricos, pressionada pelos serviços. Segundo levantamento do Ipea, as faixas de renda muito baixa, baixa e média-baixa registraram recuo na inflação de maio para junho, com destaque para a deflação nos alimentos consumidos em casa (-0,43%).
Já as famílias de renda média-alta e alta sentiram aumento na inflação, puxada por serviços como passagens aéreas e reajustes em setores com demanda aquecida. No acumulado de 12 meses, a inflação foi maior entre os mais ricos (5,40%) do que entre os mais pobres (5,24%).
A pesquisadora Maria Andreia Lameiras explica que a recuperação do mercado de trabalho permite que empresas continuem reajustando preços de serviços, mesmo com juros elevados. Apesar disso, os mais ricos têm mais capacidade de absorver os aumentos do que as faixas de menor renda.
Em relação ao possível impacto do tarifaço anunciado por Donald Trump sobre as exportações brasileiras, o cenário é incerto. Inicialmente, os produtos poderiam ser redirecionados ao mercado interno, baixando os preços, mas no médio prazo, a tendência é de ajuste da produção e pressão cambial, o que pode elevar custos de alimentos, combustíveis e bens duráveis.
Postado em 24/07/2025