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A relação cada vez mais próxima entre o deputado federal Zeca Dirceu (PT) e o governador Ratinho Jr. (PSD) tem causado incômodo dentro do próprio Partido dos Trabalhadores, especialmente entre lideranças que defendem uma oposição firme ao atual governo estadual. A aliança, evidenciada por fotos e participações conjuntas em eventos públicos, acendeu o alerta entre militantes petistas, tanto em nível estadual quanto em cidades do interior, como Mandaguaçu.
O mal-estar se intensificou devido à postura considerada omissa de Zeca Dirceu em momentos-chave. O deputado, por exemplo, não se manifestou publicamente quando Ratinho Jr. esteve ao lado de Jair Bolsonaro na Avenida Paulista defendendo a anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Também foi omisso diante das críticas ao Programa Parceiros da Escola, amplamente contestado por setores progressistas e educadores.
Para integrantes do PT, a aproximação de Zeca com Ratinho enfraquece o papel de oposição e dá sinais de pragmatismo excessivo, o que pode abrir brechas para a normalização de pautas neoliberais, como privatizações e cortes de direitos sociais agendas historicamente combatidas pela sigla.
A situação se agravou após declarações polêmicas de Zeca Dirceu, como a entrevista em que sugeriu a redução de ministérios no governo Lula, incluindo o das Mulheres e dos Direitos Humanos, o que foi duramente criticado por segmentos da base petista.
Em Mandaguaçu, o assunto ganhou destaque após publicações nas redes sociais, que repercutiram intensamente nos bastidores políticos locais, causando desconforto entre militantes e lideranças com base fiel e engajada no projeto petista. O clima é de tensão e incerteza sobre os rumos do partido, especialmente em ano pré-eleitoral.
A crescente insatisfação interna indica que o debate sobre os limites do diálogo político e as alianças dentro do PT paranaense está longe de terminar.
Postado em 17/07/2025