Desde sexta-feira (25), trabalhadores com empréstimos consignados ou Crédito Direto ao Consumidor (CDC) podem migrar suas dívidas para contratos com juros mais baixos pelo programa Crédito do Trabalhador. A troca deve ser feita diretamente nos canais eletrônicos dos bancos onde a dívida original foi contratada, já que a funcionalidade ainda não está disponível na Carteira de Trabalho Digital.

Até o momento, o programa já movimentou R$ 8,2 bilhões, beneficiando quase 1,5 milhão de trabalhadores. O valor médio dos contratos é de R$ 5.491,66, com prazo médio de 16 meses.

A medida, válida por 120 dias (até 21 de julho), permite que trabalhadores renegociem dívidas com juros elevados, como CDCs de 7% a 8% ao mês, por taxas inferiores à metade. Caso o trabalhador ainda tenha margem consignável, poderá solicitar crédito adicional.

Se as condições oferecidas pelo banco não forem vantajosas, será possível solicitar a portabilidade para outra instituição a partir do próximo mês, incentivando a concorrência.

A operação será monitorada pelo sistema da Dataprev e gerida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). É importante lembrar que a troca vale para consignados e CDCs, mas o Crédito do Trabalhador também poderá ser usado para quitar dívidas de cartão de crédito ou cheque especial. Trabalhadores negativados deverão renegociar seus débitos antes de aderir ao programa. REDAÇÃO