Relatório do CNJ expõe irregularidades e críticas à Operação Lava Jato
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Relatório do CNJ expõe irregularidades e críticas à Operação Lava Jato
O relatório divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) confirmou uma série de irregularidades na condução da Operação Lava Jato, que marcou a política e o sistema judiciário brasileiro na última década. O documento aponta que a força-tarefa violou a lei, manipulou provas e criou uma estrutura paralela para gerir recursos públicos, desviando cerca de R$ 2,5 bilhões para uma fundação privada sediada em Curitiba.
As conclusões reforçam as críticas de que a operação, que inicialmente se apresentou como símbolo do combate à corrupção, acabou se tornando um instrumento de perseguição política e de abuso de poder.
O levantamento do CNJ identificou que membros da força-tarefa da Lava Jato atuaram fora dos limites legais, criando mecanismos próprios para destinação de recursos oriundos de acordos de leniência e delações premiadas, sem supervisão adequada do Ministério Público Federal ou do Judiciário.
O relatório também revela trocas de informações irregulares entre procuradores e o então juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos na 13ª Vara Federal de Curitiba. As práticas indicam falta de imparcialidade e desrespeito às garantias constitucionais dos investigados.
Um dos pontos mais graves do relatório é a constatação de que R$ 2,5 bilhões provenientes de acordos firmados com empresas envolvidas foram direcionados para a criação de uma fundação privada que seria administrada por integrantes da própria força-tarefa. O objetivo, segundo o CNJ, seria usar os recursos em ações de “interesse público”, mas o modelo foi considerado ilegal e sem transparência.
Críticos afirmam que o episódio expôs a utilização política da operação, que resultou em prisões arbitrárias, destruição de empresas nacionais e interferência em processos eleitorais.
Com a divulgação do relatório, políticos e lideranças do Paraná e de todo o país voltaram a cobrar responsabilização dos envolvidos. Segundo manifestos publicados nas redes, a Operação Lava Jato se transformou em uma das maiores farsas políticas da história recente do Brasil, causando prejuízos econômicos e sociais profundos.
“Moro, Dallagnol e a equipe da Lava Jato usaram o Judiciário como palanque político. O Paraná precisa de líderes que olhem para o futuro, e não de oportunistas que transformam a Justiça em instrumento de poder”, afirmam as manifestações.
A Lava Jato, iniciada em 2014, provocou uma série de desdobramentos no cenário político e econômico brasileiro. Empresas como Petrobras e grandes construtoras nacionais sofreram perdas bilionárias, e milhares de empregos foram extintos.
Agora, com as conclusões do CNJ, cresce o movimento pela revisão dos processos e punição de abusos cometidos no período.
A Operação Lava Jato foi encerrada oficialmente em 2021, após anos de investigações e polêmicas. O relatório do CNJ consolida o entendimento de que houve violação de princípios legais e constitucionais, reabrindo o debate sobre a necessidade de reformas estruturais no sistema de Justiça e no Ministério Público.
Postado em 07/11/2025 - Por Arilson Chiorato