Mandaguaçu amanheceu em clima de tensão política após o vazamento de mensagens trocadas pelo WhatsApp entre a primeira-dama do município, Luciana Satiko Nó Mendes, e o secretário de Assistência Social, Márcio Castilho dos Santos. Os conteúdos, divulgados no fim de semana, causaram grande repercussão nas redes sociais e nos bastidores políticos da cidade.

As mensagens, que teriam sido retiradas de conversas privadas, trazem comentários sobre políticos locais, servidores municipais e doações para moradores de rua. Em um dos trechos mais criticados, Luciana refere-se a uma estagiária como “neguinha”, expressão considerada racista por especialistas por reforçar estereótipos negativos. Também circulam áudios atribuídos à primeira-dama com palavrões e erros de português, além de comentários sobre “sumir” com pessoas em situação de rua.

A repercussão foi imediata. 

Em nota conjunta, Luciana e Márcio alegam que foram vítimas de crimes cibernéticos e contra a honra, reforçando que as mensagens foram retiradas de contexto. Ambos afirmam que as medidas legais já estão sendo tomadas, como o registro de boletim de ocorrência para apuração dos fatos e identificação dos responsáveis pelo vazamento. No entanto, a nota não nega o teor das conversas.

Luciana Satiko, esposa do prefeito Beto Dentista, tem se destacado nos bastidores da administração, sendo apontada por muitos como “a prefeita de fato”. Recentemente, foi citada como exemplo de liderança feminina na gestão pública.

O caso segue gerando repercussão e levanta questionamentos sobre o comportamento de autoridades públicas, o uso indevido de linguagem e o tratamento dado a servidores e à população em situação de vulnerabilidade.

Postado em 04/08/2025