Fraudes crescem 37% no Sul do Brasil; Paraná concentra maior número de casos
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Fraudes crescem 37% no Sul do Brasil; Paraná concentra maior número de casos
A região Sul registrou 194.469 tentativas de fraude em maio de 2025, segundo levantamento da Serasa Experian. O número representa 15,9% do total nacional, com média de 6.192 casos por milhão de habitantes. Em comparação ao mesmo mês de 2024, houve crescimento de 37,4% nos ataques evitados.
O Paraná foi o estado mais afetado, com 77.524 ocorrências e a maior taxa proporcional: 6.526 por milhão de habitantes. O Rio Grande do Sul aparece em seguida, com 67.902 registros, alta de 39% em relação ao ano passado, o maior avanço da região. Já Santa Catarina teve 49.043 fraudes evitadas.
Visão nacional: maio marca o segundo maior pico de tentativas de golpe no ano e soma 1,2 milhões de casos. As tentativas de fraude no Brasil seguem em expansão, com 1.222.550 ocorrências em maio de 2025, o segundo mês do ano com mais registros e o equivalente a uma tentativa a cada 2,2 segundos. O volume retoma os patamares observados no início do ano, quando janeiro marcou o recorde histórico da série, e eleva o total acumulado de 2025 para mais de 5,79 milhões de diligências. Veja, no gráfico abaixo, a visão das tentativas dos últimos doze meses:
“O aumento nas tentativas de fraude é percebido em todas as faixas etárias, setores e unidades da federação, reflexo direto da crescente digitalização por parte dos consumidores e do uso intensivo de tecnologia por parte dos fraudadores, que conseguem aplicar golpes em larga escala e de forma cada vez mais personalizada”, afirma o Diretor de Autenticação e Prevenção a Fraude da Serasa Experian, Caio Rocha. “Por isso, é cada vez mais urgente e importante a aplicação de soluções em camadas que consigam detectar e impedir que tentativas de fraude se concretizem”, completa.
Criminosos miram bancos, diversificam estratégias e ampliam alvos
Em maio, os bancos e emissores de cartões concentraram 54,5% das tentativas de fraude, mantendo-se como os principais alvos dos golpistas. Caio Rocha explica que isso acontece em função do alto potencial de ganho financeiro que essas instituições oferecem: uma única fraude bem-sucedida pode resultar em acesso a contas com saldo, limite de crédito, dados bancários e cartões virtuais, facilitando transações imediatas e de alto valor.
Ainda assim, outros segmentos também registraram volumes significativos, como “Serviços” (30,9%), “Financeiras” (7,0%), “Telefonia” (5,7%) e “Varejo” (1,9%). “A diversificação demonstra que os criminosos estão se adaptando ao comportamento do consumidor e explorando brechas em diferentes modelos de negócio, sobretudo em canais digitais com grande volume de acessos e pouca barreira de entrada”, complementa o diretor da datatech.
Na visão por métodos utilizados, o Indicador mostra que, em maio, quase metade das ocorrências (49,9%) foi detectada por inconsistências cadastrais, como divergência de dados ou uso indevido de informações reais com pequenos ajustes. Outros 40,2% foram barrados por verificações biométricas e documentoscopia, enquanto 9,9% foram identificados por comportamentos suspeitos em dispositivos. Segundo Rocha, isso revela um movimento de personalização e automação dos ataques, exigindo das empresas tecnologias de autenticação cada vez mais integradas, precisas e invisíveis ao usuário final.
Por Bem Pr. - Postado em 05/09/2025