A mulher suspeita de matar Guilherme Luiz Calixto, de 26 anos, na última segunda-feira 24, em Mandaguaçu, se apresentou à Polícia Civil na manhã desta quinta-feira 27. Acompanhada de uma advogada, ela confessou ter sido autora dos disparos que resultaram na morte do ex-companheiro.

O delegado responsável pelo caso, Aldair da Silva Oliveira, confirmou a apresentação espontânea e a confissão, mas destacou que a versão dada pela suspeita contém contradições em relação às evidências já coletadas na investigação.

Versão da suspeita

Em depoimento, a mulher afirmou que:

• Mantinha um relacionamento conturbado com a vítima;

• Teria sido agredida por Guilherme em ocasiões anteriores;

• Havia terminado o relacionamento há cerca de um mês;

• Mudou-se para Mandaguaçu para se afastar do ex-namorado;

• Marcou o encontro na segunda-feira para “resolver pendências pessoais”;

• Ao chegarem à casa, percebeu que ele estava armado e pediu que entregasse a arma;

• Durante uma discussão, Guilherme teria ameaçado pegar o revólver para matá-la;

• Nesse momento, ela efetuou os disparos em suposta legítima defesa.

Contradições e dúvidas

Apesar da confissão, o delegado afirma que detalhes apresentados pela suspeita não coincidem com elementos investigativos já levantados.

“A autoria já caminhava para esse apontamento, porém acreditamos que o crime foi executado em circunstâncias diferentes das relatadas por ela”, disse o delegado Aldair Oliveira.

A Polícia Civil reforça que a investigação segue aberta e novas diligências serão realizadas para confirmar a dinâmica do crime.

O crime

O homicídio ocorreu por volta das 19h de segunda-feira (24), no Jardim Paraíso. Guilherme foi atingido por vários disparos na garagem da residência da ex-companheira. Ele tentou correr para dentro da casa, mas caiu já sem vida na área da frente.

A Polícia Militar isolou a cena até a chegada da Polícia Científica. O Samu foi acionado, mas apenas constatou o óbito.

Durante a perícia:

• Foram encontrados estojos de calibre .380;

• Uma arma de fogo embrulhada em um pano foi recolhida;

• A hipótese de emboscada também chegou a ser levantada no início do caso.

Testemunhas relataram que a mulher deixou o local pouco depois dos disparos e que um Ford Ecosport vermelho foi visto saindo em alta velocidade da região.

Investigação continua

Com a confissão, a Polícia Civil agora trabalha para esclarecer:

• A real motivação do crime;

• Se houve premeditação;

• Se outras pessoas participaram ou auxiliaram após o fato;

• A dinâmica exata dos disparos.

A suspeita permanece à disposição da Justiça enquanto novas etapas da investigação se desenrolam.

Postado em 28/11/2025