A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), criticou nesta quinta-feira (10) deputados que assinaram o pedido de urgência para votar o projeto que prevê anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro.

Segundo Gleisi, muitos parlamentares estariam “desavisados” sobre o conteúdo do projeto, que, na visão dela, poderia beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro e militares acusados de envolvimento em tentativa de golpe. Ela alertou que a votação da proposta criaria uma crise institucional.

Apesar da crítica, a ministra reconheceu que o Congresso pode debater reduções de pena ou mediações para envolvidos nos atos, mas rejeita qualquer perdão aos responsáveis pelo planejamento, citando até uma suposta operação que previa atentados contra o presidente Lula, o vice Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.

“Anistiar quem conduziu o golpe é inaceitável”, declarou. Em publicação na rede X (ex-Twitter), Gleisi reforçou que Bolsonaro busca anistia para si, e não para manifestantes comuns, ironizando ao citar o “sorveteiro” e a “moça do batom”, referência a figuras simbólicas dos protestos.