Justiça mantém prisão de Alcazar por ataques digitais e importunação
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Justiça mantém prisão de Alcazar por ataques digitais e importunação
A Justiça da Comarca de Mandaguaçu decidiu manter, nesta quinta-feira (27), a prisão preventiva de Daniel Peres Alcazar, preso durante operação da Polícia Civil que investiga crimes envolvendo difamação digital com uso de inteligência artificial, importunação sexual e ataques virtuais contra autoridades e servidores municipais. A decisão foi tomada após audiência de custódia realizada no Fórum da cidade.
A prisão havia sido determinada pela juíza Apoema Carmem Ferreira Vieira Domingos Santos, que também autorizou mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao investigado. Segundo o Judiciário, Alcazar representa risco concreto à ordem pública e à continuidade das investigações, além da possibilidade de reiteração das condutas caso responda em liberdade.
Vídeo manipulado por IA deu início à investigação
A apuração começou após uma mulher procurar a polícia relatando ter recebido pelo WhatsApp um vídeo adulterado com inteligência artificial, no qual aparecia em situação íntima com outra mulher. A montagem, segundo a vítima, jamais ocorreu na vida real.
Ao ser confrontado, Alcazar teria enviado mensagens ofensivas e até uma foto íntima, configurando importunação sexual. A Polícia Civil confirmou que o número usado para enviar o conteúdo estava cadastrado em nome do suspeito.
Histórico de ataques virtuais e difamações
De acordo com investigadores, Alcazar já figurava em diversos boletins de ocorrência envolvendo:
Montagens e manipulação digital
Ofensas contra políticos, servidores e ex-lideranças
Publicações difamatórias em redes sociais
Ataques à honra de autoridades, incluindo integrantes do Judiciário
A polícia também investiga a participação de terceiros ligados à antiga administração municipal, que teriam fornecido suporte financeiro e informações de bastidores para alimentar as publicações ofensivas.
Mandados de busca reforçam o conjunto de provas
Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca em três locais: a residência de Alcazar e casas de dois possíveis colaboradores.
Celulares, notebooks e dispositivos de armazenamento foram apreendidos e estão sendo analisados. A Justiça autorizou o acesso completo ao conteúdo dos aparelhos, desde que respeitadas as normas da cadeia de custódia.
Juiz aponta risco de continuidade dos crimes
Na audiência de custódia, o Judiciário manteve a prisão preventiva ao considerar que Alcazar:
Estava em local incerto antes da captura
Possui histórico extenso de ataques digitais
Pode repetir as condutas caso seja solto
Tem condições de interferir nas investigações e acessar provas apreendidas
O magistrado sustentou que medidas cautelares alternativas não seriam suficientes para proteger as vítimas e garantir a ordem pública.
Investigação segue com análise de novos materiais
Os objetos apreendidos passarão por perícia detalhada, e a Polícia Civil não descarta novas diligências e ampliação do inquérito. As provas digitais também poderão ser encaminhadas a outros procedimentos nos quais Alcazar figura como investigado.
A defesa deve se manifestar nos próximos dias. O caso segue sob acompanhamento do Ministério Público e da Justiça.
Postado em 28/11/2025 - Com inf. Cadeia Noticias